As indústrias sempre estão sujeitas a passarem por situações de riscos que que impactam o…
As indústrias sempre estão sujeitas a passarem por situações de riscos que que impactam o seu funcionamento. No caso do setor automobilístico que lida com as transformações, como a mudança para os veículos elétricos e híbridos, isso ocorre de forma ainda mais intensa. Para conseguir enfrentar todas essas questões, uma empresa precisa de uma gestão de riscos.
A gestão de riscos como o próprio nome sugere é uma forma de organizar todos esses pontos, como recursos humanos, financeiros e materiais para proteger o negócio das consequências de incidentes indesejados que atrapalham as operações empresariais.
Como já foi dito, nenhuma corporação está imune aos riscos vindos de diferentes fontes e todas elas, em algum momento, serão afetadas, seja pela ocorrência de greves ou pelo aumento no preço de um item essencial. Então, a grande questão é como a gestão de riscos está bem aplicada para que os impactos sejam menos comprometedores.
Sentiu curiosidade e quer entender melhor sobre os benefícios da gestão de riscos e os principais desafios que a indústrias brasileiras enfrentam, especialmente no setor automotivo? Continue a leitura e descubra!
Ações preventivas sempre demandam um valor menor do que as corretivas. Afinal, tenha em mente o exemplo da compra de farinha de trigo para o funcionamento de uma padaria. Se o valor desse item tende a variar bastante pela flutuação do Dólar, uma gestão de riscos deve analisar o valor máximo que a sua empresa pode pagar pelo trigo. Assim, ela se previne na compra antecipada e faz estoque.
Dessa maneira, há a garantia de que sua padaria não seja tão afetada pela alta do dólar. Além disso, também há a contenção de despesas com relação aos riscos não controláveis, como desastres naturais, ocorrência de greves em serviços essenciais etc.
Assim, você evita custos diretos a multas, indenizações e ações trabalhistas. Além do mais, essa ação também aumenta a qualidade e produtividade dos serviços, o que interfere indiretamente nos lucros da empresa.
Investir em boas práticas de saúde ocupacional e segurança é a melhor forma de garantir o nível de excelência e o padrão de qualidade organizacional a curto, médio e longo prazo com relação ao desenvolvimento sustentável.
Garantir isso é essencial não apenas por questões éticas, já que problemas relacionados a esse aspecto afetam a cadeia alimentar, saúde pública e os recursos necessários para a sobrevivência humana. Porém, também é uma forma de se manter em conformidade com as normas jurídicas que exigem um compromisso mais firme das organizações com as causas ambientais e podem até responder com multas e fechamento da empresa para quem descumprir os termos.
Além do mais, considere os consumidores como os responsáveis pela existência e crescimento do negócio — cada mais conscientes e exigentes de seus direitos. Eles não vão pensar duas vezes em boicotar sua organização e trocá-la por outra que preencha as lacunas da sustentabilidade se a sua não responder a altura. Por isso, a gestão de riscos se torna tão fundamental.
Quando a gestão de riscos é aplicada, há um maior nível de exigência em relação aos processos, organização e tecnologia. Dessa forma, o resultado aumenta o nível de excelência e torna isso o padrão da corporação. Em segmentos muito disputados, como o mundo dos negócios, dificilmente existem coisas melhores que passar credibilidade para os fornecedores, investidores e clientes diretos.
Além dos fornecedores, investidores e clientes, outro grupo envolvido na sua corporação que precisa confiar na capacidade e desempenho da sua empresa é o time interno, os colaboradores que fazem parte dela.
A partir de uma gestão de riscos que elimina ou mitiga as dificuldades encontradas no caminho, essas pessoas se sentem mais confiantes e seguras para realizar suas funções com a tranquilidade que deve ocorrer.
Ainda, a credibilidade com que os responsáveis pelas vendas têm nos seus produtos e serviços influencia muito no poder de convencimento na hora de atender aos consumidores, o impacto de uma operação mais eficiente também é sentido nos lucros.
Sendo assim, garantir essa eficiência por meio da gestão de riscos é mais do que uma obrigação empresarial, é uma maneira de demonstrar preocupação com o bem-estar do capital humano e garantir que a performance de cada um seja executada com as melhores condições possíveis.
Quando uma corporação garante as condições para a alta performance dos colaboradores, é natural que serviços e produtos ofereçam uma qualidade melhor. Com tudo isso, o clima da eficiência e qualidade da organizacional é transmitido para os funcionários, desde o atendimento ao cliente até aos responsáveis pela produção e pelas vendas. Tudo isso proporciona melhores resultados nos lucros da empresa.
Conforme mencionado, o setor automotivo precisa lidar com algumas transformações para manter a competitividade em alta. Mesmo que as expectativas futuras sejam de aumento das vendas, especialmente após o acordo entre Mercosul e União Europeia, que estimula a nossa economia ao aumentar em 25% o potencial de acesso das exportações brasileiras ao mercado europeu — que atualmente é de 5% — há ainda algumas dificuldades que a indústria deve aprender a lidar.
Ao mesmo tempo que o acordo estimula a economia dos brasileiros, também abre mercado com o maior fornecedor de bens industriais do Brasil, o que exige que o nosso país estimule as reformas estruturais para bater de frente com a competitividade e consiga entrar na liga das grandes economias do comércio internacional.
Além disso, a economia mundial de forma geral, somada ao cenário atual do Brasil, gera muitas incertezas para essa indústria. Em outras palavras, o desafio a partir desse acordo pode ser enfrentado como de vida ou quase morte.
Como foi dito, a indústria brasileira precisa correr para se reformular e concorrer de frente com os produtos europeus — cuja concorrência só vai se potencializar. O acordo ainda precisa ser aprovado pelos parlamentares para ser oficialmente válido.
Assim, se for aprovado, haverá uma redução das tarifas de importação dos produtos europeus nos próximos anos. Mesmo que nem todas as informações sobre esse acordo tenham sido divulgadas, há a informação de que essas tarifas devam ser eliminadas ou reduzidas em até 15 anos. Ou seja, a indústria brasileira precisa correr contra o relógio.
Afinal, com o alto número de conteúdo tecnológico dos produtos que o mercado europeu tem, há grandes chances de isso inibir o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira.
O economista e professor de Universidades referências, como a Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Rochlin, afirma que 15 anos é o prazo suficiente para que nossas indústrias fiquem no mesmo parâmetro das europeias.
Porém, enquanto essas modernizações ocorrem, há a possibilidade de as empresas trocarem a produção das indústrias brasileiras pelas importações, o que aniquilaria nossas indústrias completamente.
Em outras palavras, para entrar em um jogo de disputa com o mercado europeu — com um desenvolvimento produtivo e inovação tecnológica muito mais bem estabelecido que em nosso país — é necessário contar com os instrumentos adequados de estratégia de coordenação. Então, nada melhor do que se apoiar na gestão de riscos para lidar com os desafios de forma mais inteligente e precavida.
Outra dificuldade enfrentada é que historicamente, há quase 30 anos, as indústrias do Brasil perdem força e já em 2018, a participação do setor automotivo no PIB (Produto Interno Bruto) caiu mais de 11%. O que corresponde ao nível mais baixo desde 1947.
Então, enquanto outros países investem cada vez mais na tecnologia como forma de otimizar seus serviços, como em impressoras 3D, inteligência artificial, realidade aumentada etc. o Brasil passa por um longo momento de desindustrialização.
Por essa razão, conseguir competir em pé de igualdade com essas outras corporações se torna uma medida urgente em que os programas têm que começar agora. Para facilitar, os responsáveis podem fazer uma reestruturação nos parques industriais mais prejudicados. Além disso, deve ser necessário incluir medidas estratégicas para minimizar os impactos, como a implantação da gestão de riscos.
A indústria exerce um papel essencial para economia do nosso país, especialmente para o setor de serviços que oferece os empregos de melhor qualidade e com um nível de salário maior. Por essa e outras razões, o Brasil não pode deixar de aproveitar as oportunidades para garantir uma maior vantagem no setor e tornar a indústria mais competitiva é de longe a principal forma de atingir esse objetivo.
Além do mais, não se pode deixar de mencionar outros pontos que influenciam direta ou indiretamente nisso, como as melhorias na infraestrutura de rodovias, portos e ferrovias, além de mais capacitação tecnológica e científica do país — como ao incentivar a educação nas universidades, por exemplo. É preciso planejamento e pensar de forma estratégica. Nesse caso, as ações de gestão de riscos também não podem ficar de fora.
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Categoria: Notícias