No Brasil e no mundo, a indústria 4.0 deixou de ser uma aposta futura e se tornou, de fato, a realidade das fábricas nos mais variados setores, de alimentos à metalurgia. Com a revolução da tecnologia, que contribuiu diretamente para automatizar processos e, dessa forma, alavancar operações, muita coisa mudou — e outros tantos aspectos ainda passarão por uma transformação.
Se você deseja se aprofundar no tema e entender qual o cenário da indústria 4.0 no Brasil, não deixe de ler o conteúdo até o fim. No post, você terá acesso a um panorama atualizado, conhecerá alguns exemplos práticos e saberá quais são as perspectivas para os próximos ciclos.
Boa leitura!
O conceito, que surgiu na Alemanha em 2011, ganhou o mundo e chegou ao Brasil. O ano de 2018, inclusive, está sendo apontado como um grande divisor de águas para o segmento nacional. Trata-se, em suma, do momento em que as inovações em automação e controle — impulsionadas pelos avanços em tecnologias como IoT (“Internet das Coisas”, em tradução para o português), Big Data e virtualização, por exemplo — chegam às fábricas e promovem, de fato, uma transformação nos processos convencionais.
De acordo com a consultoria Accenture, a aplicação dos novos conceitos deve impactar positivamente o PIB brasileiro em até US$ 39 bilhões até o ano de 2030. A depender do desempenho da indústria, porém, o número pode ser ainda mais expressivo: US$ 230 bilhões, caso sejam criadas as condições necessárias para a adoção de tecnologias ponta.
Ainda que não esteja na vanguarda das inovações ligadas à indústria 4.0, o Brasil apresenta bons projetos já em vigor. Essas iniciativas evidenciam a capacidade das fábricas nacionais e abrem um leque de oportunidades para que disposições semelhantes se espalhem pelo setor.
Um bom exemplo é a Ambev, hoje uma das maiores companhias do mundo, que ainda em 2015 implantou em suas plantas um sistema de automação para melhorar a operação de resfriamento. O ajuste reduziu as variações de temperatura e suprimiu o desperdício de energia, além de maximizar a produtividade do processo.
Da mesma forma, a Volkswagen Brasil pode ser apontada como um exemplo de planta na era da indústria 4.0. Todos os projetos da fábrica já nascem com base em um modelo digital e passam por simulações em 3D, conferindo mais flexibilidade e segurança à operação. Investimentos em hardware e software têm sido intensos, assim como em capacitação para os funcionários envolvidos.
Muito embora o Brasil já tenha apresentado progressos significativos no que tange à indústria 4.0, há, sem dúvida, muito ainda por vir. O futuro deve ser marcado por inovações ainda mais disruptivas e pelo acirramento da competitividade — o que, por sua vez, deve forçar as empresas a buscarem alternativas de otimização.
Segundo a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), menos de 2% das indústrias nacionais aderiram ao conceito (e estão buscando a prática) da indústria 4.0. A perspectiva, porém, é que o número aumente significativamente nos próximos anos. Em 15 anos, estima-se que serão cerca de 15%.
A Fiesp, por sua vez, também divulgou um dado que indica a necessidade de alavancar os processos tecnológicos para que o Brasil se insira, em definitivo, no panorama da indústria 4.0: apenas 18% das empresas se julgaram preparadas para guinar as inovações requeridas pelo novo cenário.
A mensagem, portanto, é bastante clara: os desafios da indústria 4.0 no Brasil são inúmeros, mas o futuro desponta como altamente promissor. Muito embora o país esteja caminhando rumo à competitividade, ainda é preciso investir em tecnologia, otimização de processos e maximização de resultados para aproveitar da melhor forma possível as oportunidades que surgem, fazendo frente às maiores potências do mundo.
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