No Brasil e no mundo, a indústria 4.0 deixou de ser uma aposta futura e…
A transformação digital vem causando efeitos significativos na sociedade, isso inclui mudanças na indústria e no mercado como um todo. É por essa razão que ela representa uma mudança social que tem alterado não só a economia como a própria forma de viver e consumir das pessoas.
O mercado atual demanda rapidez no acesso e tratamento de informações e se caracteriza por um consumidor cada vez mais exigente por ter produtos e serviços que atendam às suas necessidades.
O acesso à informação, a competitividade e as soluções tecnológicas evoluem com tanta rapidez que, muitas vezes, os empresários têm dificuldade de acompanhar todas as transformações, adaptando seus negócios às novas tecnologias.
Nesse cenário de tecnologia, surgem expressões novas e uma delas é a inovação disruptiva. Neste artigo, você entenderá o que é inovação disruptiva, descobrirá como a indústria tem reagido às inovações tecnológicas, quais são os principais elementos da disrupção, as tendências para o futuro do setor industrial e a posição do setor automotivo nesse contexto.
Ficou curioso? Então continue a leitura e entenda mais sobre o tema!
A inovação disruptiva surgiu como uma teoria criada por Clayton M. Christensen, professor de Harvard, por meio de uma pesquisa acadêmica sobre a indústria do disco rígido. A popularização do termo está associada à sua publicação, em 1997, no livro O Dilema do Inovador.
Ela pode ser conceituada como um fenômeno por meio do qual uma inovação transforma um mercado ou setor entregando uma solução que se caracteriza pela acessibilidade, simplicidade e conveniência.
O computador foi considerado uma inovação disruptiva, assim como os smartphones e seus aplicativos, que transformaram completamente a forma como nos relacionamos, consumimos e até mesmo nos locomovemos pela cidade.
Dessa forma, quando um produto ou serviço surge para criar um mercado, desestabilizando concorrentes que antes o dominavam, estamos diante de um exemplo de inovação disruptiva.
Os aplicativos para transporte de pessoas são outro exemplo de inovação disruptiva. Um mercado que antes era dominado por serviços de táxi, se transformou completamente após o surgimento do Uber.
Nesse sentido, quando um nicho de mercado já está desfasado ou mantém uma constância, sem o surgimento de novidades, ele pode ser surpreendido por uma ideia que redefine completamente a indústria e transforma a mentalidade de consumo das pessoas.
Normalmente, a inovação disruptiva está associada a um produto mais simples e economicamente mais interessante do que aquele que já existe e que pode ser capaz de atender um público que antes não tinha acesso àquele mercado.
A inovação disruptiva tem se comportado de forma muito expressiva no mercado quando observamos o cenário de uma forma geral.
Como mencionamos, soluções como os aplicativos de transporte, por exemplo, criaram um mercado até então inexistente e mudaram totalmente a forma como as pessoas se locomovem dentro das grandes cidades. Além disso, eles impactaram na geração de novos empregos e no setor de táxis. Em alguns casos, até mesmo o transporte público por ônibus e trens foi afetado pelo surgimento desse serviço.
A indústria tem buscado mecanismos para se adaptar às mudanças que estão surgindo, criando soluções e modificando seus negócios a um cenário cada vez mais dinâmico, com um público consumidor mais exigente e que tem diante de si um leque de possibilidades de produtos e serviços.
No mercado automotivo, a situação é um pouco diferente. Uma pesquisa apresentada no evento da Automotive Business Experience aponta que 61% das empresas estão longe da transformação digital. O foco desse mercado ainda está na otimização de processos.
Muito embora esse setor tenha demonstrando interesse e esforços para acompanhar a transformação digital, ele tem mostrado dificuldade para alcançar maturidade e disrupção em suas soluções.
É importante destacar que o setor automotivo é um dos grandes símbolos da revolução industrial que representou um marco disruptivo na indústria e na sociedade. Entretanto, o mesmo mercado que foi símbolo de uma disrupção, tem vivenciado grandes desafios para acompanhar a revolução digital.
De acordo com a teoria criada por Clayton M. Christensen, são três os elementos da disrupção: acessibilidade, conveniência, simplicidade. Eles são essenciais para que uma inovação seja considerada disruptiva. Entenda a seguir o conceito de cada um deles!
Para ser considerada disruptiva, uma solução deve ser facilmente adaptada à realidade das pessoas. Isso significa que ela precisa ter preço atraente e usabilidade.
Dessa forma, se ela ficar restrita a um pequeno grupo de pessoas, seja pelo custo ou pela dificuldade de uso, ela não pode ser considerada disruptiva.
A conveniência está relacionada com a capacidade de solucionar problemas das pessoas. Por isso, para ser uma inovação disruptiva ela deve promover o bem-estar e facilitar a vida dos seus usuários.
Por fim, o terceiro pilar da disrupção é a simplicidade. Essa característica está vinculada principalmente ao design do produto: quanto mais simples, maior a aceitação e o acesso ao produto. Sem simplicidade é impossível atingir um nível de disrupção que transforme a forma de consumo.
Os especialistas da área apontam para uma série de tendências voltadas para o setor industrial, muitas delas relacionadas com
Na fabricação inteligente, máquinas e equipamentos “conversam” com outras máquinas e produtos, criando, por exemplo, sistemas de alerta para ações, processando e distribuindo informações em tempo real.
A ideia é que a produção dessa indústria esteja focada no uso da tecnologia, criando a possibilidade e acesso ágil à informação, aumento da produtividade, redução de erros e suporte virtual para as principais demandas da produção.
Os chatbots são programas de computador que simulam um ser humano na comunicação com outras pessoas, ele é implementado no serviço de atendimento ao cliente com o objetivo de responder às dúvidas do público por meio de um sistema tecnológico.
A internet das coisas, também conhecida como IoT, é um conceito relacionado à interconexão digital de objetos do cotidiano com a internet. Ou seja, trata-se de uma rede de objetos físicas com a capacidade de reunir e transmitir dados.
A IoT teve um investimento significativo nos últimos anos e é considerada uma solução indispensável para proporcionar vantagens competitivas às empresas.
Outra grande tendência do mercado digital são as experiências imersivas. Elas ocorrem por meio do uso de tecnologias para criar ambientes interativos que estimulem e envolvam o consumidor. Essa inovação se dá por meio do uso de soluções como a realidade virtual e a realidade aumentada.
Nos últimos anos, vimos surgir muitas empresas direcionadas para inovação disruptiva, principalmente pela sua capacidade de transformar e criar hábitos de consumo.
Como mencionamos, o setor automotivo ainda está dando os primeiros passos na entrega de soluções disruptivas para o mercado. Entretanto, as expectativas dos especialistas e dos investidores é muito grande, já que esse setor sempre foi muito importante para as transformações industriais.
É por isso que ele vem gerando estudos e muitas pesquisas, baseadas apenas nas incertezas e na dificuldade de prever como esse mercado vai se posicionar a médio e longo prazo.
Uma delas envolve o uso de veículos autônomos. Esse tipo de tecnologia vem sendo estudada em razão do interesse do mercado automotivo de reduzir o número de acidentes causados por erros humanos.
A indústria automobilística enfrenta o problema mundial de mobilidade, por isso, outra tendência está na busca por soluções que melhorem a questão da mobilidade, minimizando danos ao meio ambiente e contribuindo para que as pessoas possam se locomover com mais rapidez e segurança dentro das cidades.
Além disso, especialistas preveem que as transformações devem fazer com que os automóveis tenham uma função mais dinâmica na rotina das pessoas, atuando como “celulares sobre rodas”, representando mais um meio de convivência entre cidadãos.
A perspectiva é que o carro, no futuro, conecte espaços e se torne uma parte essencial do dia a dia das pessoas, ultrapassando apenas a função de um objetivo utilizado para mobilidade. Para que isso aconteça, as empresas automotivas precisam investir mais nos serviços oferecidos pelos automóveis.
Em um mercado cada vez mais dinâmico, os consumidores estão mais exigentes, demandando da indústria as soluções automotivas que entreguem design, conectividade e sustentabilidade. Os carros autônomos são apenas um pequeno passo diante das transformações que ainda podem acontecer no setor. Por isso, quem atua nessa área deve acompanhar as mudanças e entender de que forma a disrupção se encaixa nas soluções apresentadas pelo mercado.
Como você pode ver, a inovação disruptiva vem acompanhando muitas transformações tecnológicas nos últimos anos. A sociedade já transformou diversos hábito em razão de soluções criadas por diferentes mercados.
Por essa razão, entender esse conceito de inovação disruptiva e acompanhar o surgimento de soluções é essencial para o empresário que quer conhecer novas ideias e tendências que venham a impactar na sua vida e eventualmente possam ajudar a melhorar os resultados do seu próprio negócio.
Agora que você sabe o que é inovação disruptiva, o que acha de se manter por dentro de assuntos relevantes sobre o setor automotivo, indústria e tecnologia? Assine a nossa newsletter e receba conteúdos exclusivos!
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