O tema “Compliance” vem ganhando destaque nas organizações, principalmente após os escândalos políticos sobre a…
No mundo corporativo, compliance significa estar alinhado com as políticas e diretrizes internas e externas estabelecidas para um negócio, ou seja, agir em sintonia com as regras e determinações de todos os órgãos de regulamentação nas esferas ética, fiscal, contábil, ambiental, jurídica, previdenciária, trabalhista etc.
Desse modo, é fundamental, para uma corporação que deseja consolidar a sua posição no mercado, colocar sua visão, valores, missão e objetivos estratégicos em sintonia com os indicadores de compliance.
Para tanto, existem diversos pontos que precisam ser seguidos. Caso ainda não conheça muito sobre compliance, leia este post, no qual abordamos todos os conceitos e desmistificamos 8 indicadores. Confira!
Antes de conhecer os indicadores de compliance, que tal aprendermos mais sobre esse conceito? Conforme já foi mencionado, compliance quer dizer estar alinhado com as diretrizes. Em inglês, temos o termo to comply (agir de acordo com os conjuntos de regra).
Ele diz respeito a regras que toda corporação deve seguir, como os sistemas anticorrupção e cumprimento de leis trabalhistas, concorrenciais, regulatórias, ambientais, fiscais (tributárias e contábeis) etc.
Isso é benéfico por trazer mais confiança para que empresas estrangeiras e nacionais possam fechar negócios e parcerias. Além de mais motivação, inspiração e comprometimento para o trabalho.
Então, uma empresa pode dizer que está em compliance quando está de acordo com o que dizem os órgãos reguladores externos e internos. Esses últimos, em especial, são muito importantes para que as regras externas impostas sejam seguidas. Por essa razão, muitas empresas criam áreas específicas e separadas da jurídica para garantir o compliance.
Além de ter um programa comprometido em garantir o compliance, é importante fazer uso de indicadores que sejam monitorados e utilizados para ajudar na gestão empresarial. Entretanto, se esses indicadores forem mal-empregados, eles podem não servir de nada. Por isso, preste atenção!
Trata-se do comprometimento das empresas de manter uma constante programação de exercícios no sentido de reforçar, para seus funcionários, as diretrizes e normas estabelecidas pela companhia, além de, sempre que necessário, realizar treinamentos sobre mudanças nas legislações, em todas as esferas, bem como o complemento dos preceitos éticos e morais que regem suas atividades.
Outros aspectos também podem ser abordados, como a quantidade de funcionários elegíveis na corporação, rotatividade x tempo para treinar colaboradores recém-contratados etc.
Dentro da estrutura de compliance de cada empresa, em geral, essa função aprecia a elaboração de testes que têm como principal objetivo minimizar os riscos de penas regulatórias e de reputação, para que todos os departamentos estejam em conformidade com a regulamentação e políticas da companhia.
Trata-se do feedback do trabalho desenvolvido pela área de compliance de cada empresa, ou seja, quando positivas, as avaliações feitas pelos órgãos reguladores são indicativos do bom trabalho efetuado pela companhia, no sentido de se enquadrar nas melhores práticas desenvolvidas pelos diversos setores do mercado.
Aqui se avaliam os indicadores. As conclusões retiradas das análises de auditoria desses índices servirão de base para determinar se a estratégia adotada pela divisão de compliance está surtindo o efeito esperado, qual o grau de adesão por parte da companhia e, caso seja necessário, as devidas correções de rumo e estratégias que deverão ser adotadas.
Cabe às empresas desenvolverem canais de denúncias de violação de qualquer natureza, além disso, será função do setor de compliance monitorar o número de acusações e também acompanhar a resolução de cada uma das infrações, a fim não somente de buscar a devida solução para o caso, mas também de criar mecanismos para que não ocorra novamente.
Por fim, dependendo da gravidade do caso, a área de compliance deverá tomar a iniciativa de atualizar ou criar normas com políticas e procedimentos internos para que futuras falhas sejam evitadas. Infelizmente, no mundo corporativo, a busca pelo lucro pode resultar na quebra de alguns princípios morais.
Algumas empresas utilizam indicadores de compliance mais genéricos, porém, também é possível implementar um sistema próprio para um monitoramento constante, como faz a Petrobrás.
Um dos programas do sistema dessa empresa visa combater a corrupção e é utilizado um processo que avalia cada parceiro e fornecedor da corporação com base em critérios de risco de integridade. Eles recebem uma classificação entre baixo, médio e alto risco.
Essa avaliação é feita com a ajuda de um questionário de integridade. Caso algumas das parceiras e\ou fornecedor se recusem a colaborar, sua participação na corporação é comprometida. Afinal, é da integridade de uma empresa que estamos falando. Por isso, conhecer e avaliar riscos de ter seu nome associado a uma empresa corrupta, por exemplo, é importante.
Os fatores de risco de integridade que entram na avaliação incluem:
Outro ponto importante dos indicadores de compliance é desenvolver controles de auditorias para terem uma atuação participativa e assumirem um papel de consultor. Os colaboradores envolvidos nesse processo são responsáveis, basicamente, por venderem segurança para as empresas.
Por isso, é essencial que os compradores acreditem nesses produtos e nos profissionais, que devem avaliar, acompanhar pontos em não conformidade, alguma possível fragilidade no controle interno, o tempo levado para a correção de falhas etc.
Após esse estudo e acompanhamento dos possíveis problemas de integridade com as empresas, é possível que haja a necessidade de pagamento de indenizações para compensar as ações adversas e alertar os responsáveis para a correção de problemas.
Logo, mesmo tendo um conceito muito mais abrangente, a demanda do mercado, especialmente em países que sofrem com a corrupção, como é o caso do Brasil, exige que as empresas criem setores para monitorar e, principalmente, manter elevados os indicadores de compliance e, por consequência, suas condutas éticas.
Num futuro muito próximo, esse certamente será um departamento vital dentro de todas as organizações públicas e privadas. Então, que tal se aprofundar e compreender mais sobre a importância de sempre reavaliar seu fornecedor?
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